10 outubro 2010

O mês da missão


Somos todos chamos e enviados para a missão.

Neste mês que a Igreja dedica às missões, somos todos convidados a refletir a importância da entrega total para esse serviço. Mas é necessário olhar com audácia e coragem para aquele que foi o primeiro missionário do Pai. Jesus é o Filho de Deus, a palavra feita carne; verdadeiro Deus e verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens. Sua paixão, morte e ressurreição, possibilitam a superação do pecado e a vida nova para toda a humanidade.
Jesus Cristo é o primeiro a anunciar a Boa-Nova, Boa - Noticia, de que a vida está acima da qualquer lei; que a dignidade da pessoa humana é essa novidade é essa boa - noticia que Jesus anuncia. Ele é o enviado do Pai, não para condenar o mundo, mas para reconciliar com o Pai. Mesmo que Jesus é o enviado do Pai e sendo o Evangelho vivo, é preciso que acreditemos e anunciemos também o Evangelho de Jesus Cristo Filho de Deus. Jesus em sua missão não condenou o que os doutores da lei e fariseus faziam, mas ele mostrou caminhos que o levariam para a liberdade, pois é necessário abris mão de suas tradições. A missão exige mais que abrir mão de bens matérias, exige, sobretudo abrir mão de tradições, até de tradições salvíficas, mas disfuncionais e portanto, fardos disponíveis diante de um novo contexto histórico e cultural. O anuncio da boa-nova, da boa-noticia que Jesus faz com seus discípulos e nos chama a fazer hoje deve ser a novidade no meio do povo; é novidade porque anunciamos a liberdade diante da opressão; é novidade porque deixa o povo livre, capaz de reconhecer sua dignidade como pessoa humana. Mesmo diante da dureza do coração dos doutores da lei e fariseus Jesus é capaz de anunciar a boa-nova e atrair pessoas para o segui-lo.
Jesus enviou seus discípulos para anunciar à boa noticia da assunção, da recapitulação e da reintegração da humanidade e do mundo no projeto de Deus: “Como tu, Pai estas em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”(Jô 17, 21), e Jesus continua com sua oração; “Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”(Jo 17, 18). Jesus e os discípulos são os primeiros missionários do ensinamento novo, que não ficará restrito a um pequeno grupo mais toda a multidão poderá ouvi-lo. Diante de uma vida sem sentido Jesus nos revela a vida intima de Deus em seu mistério mais elevado a comunhão trinitária.
Como discípulos missionário de Jesus somos convidados a gastar a vida como sal da terra e luz do mundo. A luz deve brilhar não só de cada missionário, mas é a luz que vem de Cristo, pois não vamos à missão por conta própria, em nosso nome, mas é em nome de Cristo. O sal da terra é o vigor que se deve ter pelo anuncio da boa-nova, é o novo sentido que devemos despertar na vida das pessoas em nossa missão; “tanto Jesus, o santificador, quanto os santificados são descendente do mesmo ancestral, pois essa razão ele não se envergonha de os chamar de irmãos”(hebreus 2, 11).
Na missão é que encontramos o sentido pleno de está vivendo o que Cristo nos chamou, que é anunciando e reanimando a vida, dos desanimados pela opressão e negação da vida.
Frei Jacó Paiva de Mesquita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário