16 outubro 2010

Reflexão do 29ª Domingo do Tempo Comum. Oração: relação viva e pessoal com


Oração: relação viva e pessoal com
o Deus vivo e verdadeiro¹

A liturgia deste fim de semana nos instiga a refletirmos como anda a nossa prática oracional e nos deixa inquietos quando meditamos a frase última do evangelho: Mas o Filho do homem quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra? (Lc 18, 8). Irmãos, cristão para ser cristão deve ter a oração como fundamento de sua vida. Somente na oração, obteremos as respostas para as nossas inquietudes. Porém, para tal é preciso estar vigilante a espera das respostas do Senhor. É preciso estar com o coração puro a ouvir o que Ele tem a nos dizer, seja na Palavra, seja na figura do irmão.

Orar, para Santa Teresa do Menino Jesus é um simples impulso do coração; um simples olhar lançado ao céu; um grito de reconhecimento e amor no meio da provação e da alegria (cf CIC, 2558). Deste jeito, humildes, como mendigos diante de Deus, como a propósito nos falava Santo Agostinho em uma de suas reflexões, devemos nos colocar em oração. Se a oração é o cerne do cristianismo, a humildade é o cerne da oração. Somente o que crê em Cristo Jesus é capaz de experimentar a humildade, uma vez que o verdadeiro cristão sabe que nada e nem ninguém é comparável ao Salvador.
Humildade também pede perseverança. Sim, só é humilde aquele que sabe esperar com paciência no Senhor; que sabe reconhecer que a nossa vida não pertence a nós, e sim Àquele que nos lavou de todos os pecados, na cruz. Perseverança teve a viúva do evangelho deste fim de semana. Ainda que recebesse diversas negativas aos seus pedidos, não esmoreceu e continuou acreditando que a justiça prevaleceria, demorasse o tempo que fosse. Interessante o ensinamento de Jesus, após contar a parábola. Ele nos afirma que ainda o juiz não voltasse atrás em sua postura e agisse a favor da viúva, Deus não esqueceria dos que Ele escolheu para formar o seu povo. É preciso que nos conscientizemos que sendo adeptos da justiça e da retidão, o Senhor não irá nos desamparar, estendendo as suas mãos sobre cada um de nós e nos ungindo com o Espírito Santo, como fez o instrumento do Criador, Moisés, na primeira leitura deste fim de semana, a fim de que possamos atravessar as tribulações sem quedas.

Irmãos, adotemos o costume de estar em sintonia com Deus, em todos os momentos e atividades de nosso dia; pais, ensinem seus filhos, desde a infância, a terem contato com as Sagradas Escrituras, que como Paulo bem diz, têm o poder de comunicar a sabedoria que nos conduz à Salvação pela fé (cf II Tm 3, 15). Sim, precisamos de fé para chegarmos a salvação. Fé, que uma vez madura, não nos permite esmorecer diante das tribulações; que nos faz acreditar no que ainda esperamos, com mais convicção. Somente assim, seremos cristãos de verdade: com fé, humildade e exercendo, de maneira constante, a prática oracional.

Paz e Bem!

1- Cf CIC, 2558

Leituras: Ex 17, 8-13; Sl 120 (121); II Tm 3,14--4,2; Lc 18, 1-8

Michaell Grillo

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